sexta-feira, 23 de agosto de 2013

You May Say I'm a Dreamer, But I'm Not The Only One (parte 2): O Sonho de Martin Luther King

John Lennon falava em sonhadores, pessoas que lutavam, lutam e lutarão por um mundo melhor, mais justo e igual. E ao falar em sonhador, a primeiro nome que vem à cabeça é o do Pastor Martin Luther King Jr e seu discurso "I Have a Dream" (Eu tenho um sonho).

Martin Luther King foi um pastor protestante batista, que se tornou famoso por defender os direitos civis dos negros nos Estados Unidos, aplicando os ensinamentos bíblicos de Jesus de amor ao próximo à realidade estadunidense das décadas de 50 e 60.



Naquela época, apesar da abolição da escravatura nos EUA ter ocorrido há mais de quase 100 anos, os negros ainda era fortemente discriminados e tratados como inferiores pelos brancos, principalmente nos estados sulistas, de tradição escravocrata. As crescentes ações racistas contra os negros causaram grande indignação no pastor, que utilizou sua influência para liderar protestos contra a opressão dos negros e pela igualdade de direitos entre os homens.


Sua atuação já era bastante conhecida, reconhecida e respeitada nos EUA, mas seu nome entrou de vez para a história quando ajudou a organizar a Marcha em Washington, onde realizou seu famoso e impactante discurso "I Have a Dream". (leia a íntegra do discurso, em inglês, aqui e em protuguês,a parte final, aqui). Nesse discurso, King falava de um sonho, do dia em que os negros seriam respeitados, tratados como iguais, fazendo dos EUA finalmente a "Terra da Liberdade".


Algumas passagens do discurso são muito marcantes e merecem transcrição:

"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais"

"Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!"


"Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:


"Livre afinal, livre afinal.


Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
"



Luther King, assim como, Lennon, sonhava e buscava um mundo igualitário, e efetivamente media esforços para tentar mudar o mundo. Usando sua influência como líder espiritual, e depois também líder político e social, foi determinante para que houvesse alguma mudança no modo em que os negros, e, por consequência, as minorias, passaram a ser tratados nos Estados Unidos.

Em razão dessa influência e da tentativa de modificar um status quo injusto e perverso, o Pastor foi assassinado em 1968 (e vocês verão nas próximas postagens que isso é curiosamente recorrente), mas suas mensagens e atitudes ainda estão vivas em cada pessoa que busca o fim do racismo, do preconceito com as minorias e quer um mundo como um só, como idealizado em seu discurso e também na música "Imagine".

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