domingo, 22 de setembro de 2013

Uma vitória da música

O Rock in Rio acaba hoje, dia 22 de Setembro, e de tudo que eu vi, o que mais me impressionou foi o poder transformador da música. Independente de preferências musicais, atributos técnicos dos cantores ou bandas, os sete dias do festival mostraram o que torna a música tão especial: a paixão.

Eu vi a paixão nas pessoas que madrugaram e acamparam em frente à Cidade do Rock para ficar o mais perto possível dos seus artistas favoritos. Eu vi paixão no modo como 85 mil pessoas cantaram em uníssono músicas dos variados estilos, do pop de Beyoncé e Justin Timberlake ao heavy metal do Metallica, passando pelo rock do Bon Jovi ou do Skank. Eu vi paixão em fotos como essa:


Também vi paixão nas "rodinhas punk" dos shows do Offspring, do Marky Ramone e em vários shows das noites de metal. Vi esse sentimento também na forma como o Phillip Phillips tocava seu violão, na forma como o Bruce Springsteen suava para fazer de seu show uma experiência única, nas notas altíssimas alcançadas por Florence Welch, ou na forma quase espiritual pela qual John Mayer tratava sua guitarra:


Vi ainda a paixão na forma como grandes nomes da música brasileira, como Cazuza, Raul Seixas, Luiz Gonzaga e Tim Maia, foram celebrados e homenageados, na histeria coletiva feminina por Justin Timberlake, John Mayer ou Jared Leto, e na devoção dos fãs do metal por suas bandas.

Enfim, mais do que o sucesso comercial ou midiático, o maior sucesso do Rock in Rio foi demonstrar que a música é, acima de tudo, paixão, e que é essa paixão que transforma meras notas musicais e acordes nesse turbilhão de outros sentimentos que a música nos traz.